ABORDAGENS
Somos todos diletantes
carregando sabedoria.
O poeta gera crias
nas noites penetrantes.
Salve seus versos cortantes;
aos de amores, perfuma;
os conflitos, sua caneta,
cheia de sangue coalhado,
Tirada com a avançada
das ondas sem espuma.
Quando Escrever me submete
a uma tortura angustiante,
na minha mente fantasiosa
Eu acho que sou firme aríete.
onde a letra se mete
para escapar do seu esquecimento.
Até o cansaço a meço,
Eu procuro a montagem que eu quero.
e, apesar de todos os dias eu morrer,
Sempre revivo no seu ninho.
Quem ainda não sentiu o prazer?
de dormir em uma cama
onde a letra é a dama
e a caneta?, amanhecer
que dá luz ao querer.
Criação é romance
onde se procura o alcance
dos filhos desejados,
com grande paixão fecundados
no limite do transe.
Eu me apego a um amor possível.
quase um orgasmo anunciado,
Aquele que estou animado.
quando o verso me é legível.
Repasso até o impossível.
fluência na mensagem
que me leve até a âncora
no destino final.
Amanhã eu volto para o canal.
a começar outra abordagem.
© Jorge Jorge González
28 de junho de 2021
Pais:Cuba
Foto tirada da net:
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