Sons calados
Sons calados da alma...
Quando tudo se aquieta, quando o
silêncio se torna inquieto, meus Pensamentos começam tomar formas
Ganham forças dantescas...
É assim que te imagino, que te desejo,
através do silêncio que paira no ar
Te visito, te desnudo, te preciso.
Minha alma fala, pede, suplica pelo
toque seu, sou tomada por inteiro pela ousadia.
Te imagino no meu regaço, aninhado no
eu abraço que não pode nem imaginar te deixar se afastar;
No silêncio de sons calados, tudo é
palpável, quase posso te tocar, sentir o roçar da pele a me instigar, estendo
minhas mãos, gravo na memória cada parte desse corpo que desejo meu...
Explosão de palavras soltas, que fluem
com mais força, nesse silêncio de cheiros, gostos, sentimentos
Fecho meus olhos na ânsia de te ver,
como um cego a tatear o caminho a percorrer.
Ouço o pulsar do teu coração, ouço sua
voz em quase um gemido a chamar-me, sinto seu cheiro inebriante, viril,
aconchegante.
Uma mistura de sentidos aguçados,
alinhados, que me guiam, me atraem como presa a ser abatida.
É no silêncio, que a vontade torna-se
ferrenha, o peito infla, e a boca sussurra, pedindo que meus delírios em
pensamentos, que estão a ouvir no silêncio o que o barulho outrora abafa,
camufla, deforma...
essa necessidade de contigo estar.
É através do meu silêncio, quando a
boca cala, que a alma grita, esperneia, através do pensamento que por instantes
eternos, vai muito além te visitar.
Andreia O.Marques
Direitos Autorais Reservados®
13/02/19
Cód do texto: T7183372
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