Desponta
a estrela d’alva, a noite morre.
Pulam no
mato alígeros cantores,
E doce a
brisa no arraial das flores
Lânguidas
queixas murmurando corre.
Volúvel
tribo a solidão percorre
Das
borboletas de brilhantes cores;
Soluça o
arroio; diz a rola amores
Nas
verdes balsas donde o orvalho escorre.
Tudo é
luz e esplendor; tudo se esfuma
Às
carícias da aurora, ao céu risonho,
Ao flóreo
bafo que o sertão perfuma!
Porém
minh’alma triste e sem um sonho
Repete
olhando o prado, o rio, a espuma:
- Oh! mundo
encantador, tu és medonho!
Nenhum comentário:
Postar um comentário